Depois de pausar a agenda do festival indefinitivamente, a oportunidade de realizar um evento online com a mesma proposta de tecnologia, inovação e a vibe do offline resultou em uma virada de página para todos envolvidos no projeto, que durou quatro meses e ressignificou o conceito do livestream musical.
Pela primeira vez, não aconteceu uma pré-produção. Estávamos lidando com uma tecnologia nova e até então, não explorada em livestreams musicais. Diante disso, baseamos a nossa experiência em testes: foi no erro e no acerto que realizamos com sucesso a primeira transmissão em 1 mês.
A pandemia do CoronaVírus mudou definitivamente a forma de apresentação do entretenimento, principalmente se tratando de eventos offline. Como produtora audiovisual que atendia em massa esse mercado, foi um momento de reflexão e vulnerabilidade para nós. Por outro lado, a diminuição no ritmo nos deu a chance de novos caminhos, novos aprendizados e novos objetivos, assim como para nossos parceiros nesse projeto. Juntos, vimos uma oportunidade de explorar um novo mercado, além da experimentação e liberdade criativa.
A parte mais desafiadora foi entender a integração dos sistemas utilizados por nós e pela Sala 28. Precisávamos gerar a imagem e o som para eles entrarem com a tecnologia do Kinect Azure para criar o 3D em volta das imagens com tracking em real-time. Depois, o produto final ainda voltava para nós para realizarmos a gravação.
Em seguida, já com a integração entendida, ocorreram contratempos mais físicos, como a troca de computadores para CPUs mais potentes, para atingirmos resultados mais eficientes e com menos esforço. Além disso, como o processo inteiro foi baseado em testes, mesmo depois do primeiro lançamento, não deixamos de tentar aperfeiçoar o processo até a última gravação.
A parte de equipamentos utilizados para a captação foi, talvez, a parte menos afetada. A fórmula era simples: 3 câmeras, sendo duas fixas (front e top view), e uma móvel no gimbal. Utilizamos também, um sensor Oculus para fazer o tracking da câmera em movimento.
Sobre resultados, além do alcance e bem-recebimento pelo público – coisas importantíssimas em épocas midiáticas como a que vivemos -, a principal lição que ficou foi o de aprendizado e ir atrás de conquistas maiores, mesmo com receio. Era uma tecnologia pouco vista no mercado e que posteriormente foi desenvolvida a ponto de ser utilizada pelo maior festival eletrônico do mundo, o TomorrowLand. Foi um privilégio conceber um projeto tão inovador quanto esse e em parceria com nomes gigantes da indústria, ainda mais se tratando de uma época tão enevoada para o mercado audiovisual. No final, foram 4 meses de gravação, 40h de conteúdo mensal gerado, mais de 20 artistas renomados, incontáveis pessoas atingidas e um legado eterno, onde unimos presente e futuro com tecnologia no talo.
STB LIVE | Vintage Culture
STB LIVE | Baskar
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Um projeto dedicado para música eletrônica, e diversos subgêneros invadiram o set da Só Track Boa Live. Nomes como Vintage Culture, Chemical Surf, Eli Iwasa, L__cio, Dubdogz, Gabe, Gabriel Boni, CatDealers e muitos outros, fizeram história e entregaram toda sua energia e dedicação ao público, dessa vez, de longe e via internet, mas sem deixar a peteca cair.
Nesse quase um ano de pandemia, a arte e o entretenimento foram responsáveis por acalmar corações, despistar o estresse e entregar uma mensagem de esperança e otimismo.