É bem complicado começar escrevendo sobre um Réveillon que não se compara a nenhum outro, ou a nada que eu já experimentei neste mundo! Mas vou tentar vai! 🙂
Minha viagem começou bem antes, em Janeiro de 2017 eu já estava procurando pousadas para ficar lá em Ituberá (cidadezinha do UP)! A maioria das 15.000 pessoas acampam lá dentro, e passam um perrengue danado pelo o que eu escutei de alguns amigos, por conta disso resolvi me preparar para ter um conforto a mais, afinal também sou filho de Deus né migos. XD
Fechada a pousada em Fevereiro (depois eu descobri que estava numa kitnet bem osso, mas sussa, segue o jogo! haha), foi só se preocupar com as passagens, ingresso e o transfer do aeroporto para o UP! Para que não sabe, são em torno de 6 horas do aeroporto até Ituberá, o local do festival é bem afastado mesmo, e paradisíaco.
Tentei chegar no festival sem expectativas ou conceitos pré-estabelecidos, mas é muito difícil quando se é bombardeado de informações na internet e dos seus amigos! Eu tinha certeza que ia ser incrível, mas mesmo assim estava com aquele pézinho atrás.
São muitas dúvidas que te levam a dezenas de pensamentos, mas deu tudo certo, óbvio!
O primeiro paradigma quebrado para mim foi sobre a música, eu tinha a impressão que seria bem voltado para o Trance e com certeza não é! Quem tem essa dúvida sobre curtir ou aguentar somente Trance não precisa se preocupar, são 6 palcos com todos os gêneros de música, bem variáveis:
Difícil falar sobre o perrengue do festival, por que eu não vivi de perto, estava no luxo da minha kitnet que ficava a 5min da entrada do festival! Mas não se enganem, todo dia era uma caminhada de 40 minutos da kitnet até a primeira pista, por que mesmo da entrada do UP até a primeira pista são uns 30min e ainda precisava pegar o pau de arara, que levava mais uns 5min. Isso que onde eu ficava era um dos locais mais pertos da entrada, conheci muitas pessoas que estavam na cidade ao lado de Ituberá e precisavam pegar carro todo dia! Dai é rolê demais eu acho…
Mas enfim, coletando as infos de quem estava acampado e com tudo que eu observei dá para aguentar sim! Não é o fim do mundo, principalmente se você já encarou algum Jogo Universitário na sua vida, são as mesmas dificuldades:
É um festival sim, mas tem várias atividades para se fazer durante o dia, desde aprender malabarismo, bambolê, e afins, ver as feirinhas, conhecer a vila dos pescadores, até as coisas mais simples como meditar, tomar sol, curtir o dia na praia, etc!
Essa era uma das minhas preocupações também, eu pensava que era 24 horas de loucura e som alto, mas não tem naaaaaaaada a ver! Você pode passar o dia sem ouvir música, afastado de tudo! Recomendado para o dia da “ressaca”. Dos 7 dias de festival eu tirei 2 dias para fotografar, o que foi excelente, eram dias que eu ia conhecer tudo do festival, passear e me recuperar da ressaca, então já aproveitei as aulas teóricas e práticas do Yusuf em São Paulo e fiz algumas fotenhos. 🙂
Além da música, um dos pontos mais incríveis são as pessoas que você conhece lá! São diferentes culturas, nacionalidades, crenças e ideias! Mas tranquilo, todo mundo se respeita, troca ideia e parece jogar no mesmo time! Não vi uma briga, um desentendimento; pelo contrário, vi muitas pessoas se ajudando, emprestando, dando e trocando coisas, a solidariedade rola solta! Mas devo ter sido premiado, ou tava muito louco e não reparei em coisas negativas… haha! Mas com certeza elas existem, não dá para ser utópico e achar que é tudo 100% perfeito.
Enfim, conheci muitas famílias, crianças, gringos, de tudo um pouco! Foi uma experiência animal tudo que eu aprendi com essa galera nova!!! Em nenhum outro lugar acho que eu conseguiria ter isso, sou muito grato por ter participado e trocado conhecimento com todos.
Não tem! Bjs.
Zuera, claro que tem pontos negativos! Vamos ser realistas né migos…
Eu, particularmente, não lembro de pontos negativos gritantes! Mas volto a dizer, estava dormindo fora do UP e 90% do tempo estava louco ou dormindo! Mas conheço gente que foi assaltada, que teve a barraca cortada, que passou mal e foi para a enfermaria, e por aí vai!
PS. Se quiser saber mais sobre o UP e tiver dúvidas me chama no inxxxxta! 😉