A nossa comunicação sempre tentou aproximar o nosso público, ser transparente, mostrar quem somos e como fazemos. Por isso, a partir de hoje, toda quarta-feira será dia de desvendar um por um da equipe mais f*da do Brasil. Fizemos a eles algumas perguntas, não só sobre fotografia, também sobre outros caminhos, outros projetos além da flash e muito mais. Tá a fim de conhecer mais de perto os nossos Creators? Só vem!
E para dar start com o pé direito, chamamos um de nossos fotógrafos mais alternas aqui dentro: Pode entrar, Vitebas!
– Conte um pouco sobre você: O que você acredita, seus sonhos, seu gosto musical…
Tudo que fazemos na vida faz parte da gente, define a nossa essência. As músicas que escutamos, livros que lemos, amizades que construímos, trabalhos que dedicamos energia. Particularmente, eu tento encarar tudo isso como um “mantra de vida” e planejar meus próximos passos a partir desses sonhos e escolhas.
Sobre a música, não tenho uma trilha sonora pra minha vida, sou bem eclético (não tenho problema com nenhum gênero). Em casa prefiro escutar músicas mais instrumentais como jazz, porém sempre rola um sambinha raiz.
– E a sua história com a fotografia? Como entrou nesse mundo artístico?
Estou cursando meu penúltimo ano no Bacharelado em Fotografia no Senac, mas não foi lá onde tive meu primeiro contato com a fotografia.
Aos meus 16 anos, revirando a casa dos meus tios, encontrei uma câmera profissional analógica deixada pelo meu avô que havia falecido pouco tempo antes. Lembro até hoje o que senti quando vi a imagem refletida no espelho, foi mágico. Desde então, fui sozinho atrás para aprender como mexia. Queimei meu primeiro filme e nada deu certo hahah.
Pouco tempo depois, consegui uma experiência de um mês para trabalhar como assistente em um estúdio fotográfico e acabei ficando lá durante um ano. A maioria das coisas que tinha para organizar eram fotolivros e foi lá que tive meu primeiro contato com a fotografia autoral, onde conheci trabalhos de fotógrafos como Alex Webb, Nan Goldin, Claudia Andujar, Martin Parr que me inspiram até hoje.
A fotografia para mim se tornou trabalho e hobbie ao mesmo tempo. Ela é de onde eu tiro a minha fonte de sustento e também a minha terapia diária. Estou o tempo todo caminhando pela cidade e sempre tenho uma câmera me acompanhando, porém nem sempre ela é utilizada.
– O que você mais curte fotografar?
Eu gosto de fotografar o que me intriga, algo que existe dentro de mim e eu vejo do lado de fora. Acho que é essa tal da “essência” que disse em algum momento acima.
– Qual a sua maior dificuldade nesse meio?
Acho que minha maior dificuldade é financeira hahaha, como de tantos outros fotógrafos. Não é uma profissão fácil para se manter estável, mas a paixão acaba ajudando a enfrentar obstáculos.
– Qual a sua relação com a Flashbang?
A Flashbang teve um papel muito importante na minha fotografia e eu sou eternamente grato a todos por isso. Me fez refletir mais sobre a questão comercial (‘comercial’ significa trabalhar para os outros e entregar um produto que lhe é pedido, mas sem perder a criatividade e a vontade de inovar). Além disso, arrisco dizer que não existe “colegas de trabalho” aí, mas sim grandes amigos que estão o tempo todo dando risada, dividindo experiências e se ajudando dentro e fora do ambiente de trabalho.
– Compartilha com a gente algum projeto pessoal seu que você curte 😉
Venho então compartilhar com vocês algumas fotos de um projeto em que estou produzindo – ele ainda não possui um nome, mas passa dentro do território geográfico dos Tupinambás, conhecidos também como “tamoios”, uma tribo indígena do século XVI, que habitava a região do litoral norte de São Paulo até o Rio de Janeiro e realizavam rituais antropofágicos. Nas minhas fotografias convido o espectador a entrar nessa fronteira imaginária e procurar estes rastros deixados pela cultura. Espero que gostem 🙂
Por hoje é só pessoal! Curtiram?