Uma de nossas lentes, o Vogel, foi espalhar seu olhar peculiar pela Europa. O garoto é aventureiro, tem na veia o espírito livre e isso fica mais do que evidente em seus clicks.
Trocamos uma ideia com ele de como tem sido essa experiência e ele mandou alguns registros de suas andanças por lá. Além de falar um pouco sobre o que está vivenciando. Saca só :
Como todos que partem, foi embora sabendo o que estava fazendo, mas também cheio de incertezas. Afinal, mudar de continente sem conhecer ninguém é uma experiência desafiadora.
– Vogel, fala pra gente como que veio essa decisão:
“Me mudar para Portugal foi uma daquelas decisões que tomei da noite pro dia. De certa forma, desde moleque já pensava em morar fora, descobrir esse mundo, absorver novas culturas, barrar preconceitos, enfim…
Embora na minha cabeça estivesse tudo resolvido, no meu peito não.”
– Quase chorei, mas ae, voltando a realidade. Tá boyzão hein(!):
“Esse país é iradíssimo. Com pouco dinheiro (tipo 15 euros) pude ir e acampar por 6 dias em um Cânion no meio de Portugal (a uns 40 km de Coimbra) e voltar de carona com umas(uns) portuguesas(os) doidas(os) que conhecemos na estrada. A praia de bicicleta eu chego em 30 minutos, mas o mar é tão gelado quanto das cachoeiras que conheci no Brasil. Demora pra se acostumar, ou tu pula direto ou trava.”
– Aí sim, garoto!
– Você faz falta aqui Hermano.
“As consequências de partir são óbvias: dizer “até já” pra família, amigos, o país em que nasci – e claro, não poder acompanhar de perto o crescimento da Flash. Mas é preciso. Independente das dificuldades…tipo não ter emprego, nem clientes, nem casa própria, não conhecer muita gente, ter o bolso apertado e enfim – tá tudo lindo.
– É isso, tem que se jogar mesmo. E agora sobre o olhar de fotógrafo, o que está achando:
“A luz na cidade é impressionante: há como 14 horas de sol por dia, os azulejos e os mármores da antiga Metrópole refletem todas as formas. As sombras dos pequenos prédios – em diferentes alturas pelos morros – me fazem parar e desligar do mundo por minutos. Mas o mais atrativo são os prédios abandonados, esses ainda hei de explorar.”
– Por favor, não seja preso! E depois dessa exploração, manda as fota pa nois!
O Vogel ainda vai ficar por lá e deve mandar mais fotos pra gente. É claro que vamos publicá-las. 🙂